Oyá do mundo fúnebre,
senhora das anomalias da cabeça, como também suas dores tanto que seus filhos
devem cuidar muito bem da cabeça, para evitar AVC, isquemia ou outras doenças
mentais e psicológicas. Por isso, está Oyá tem como simbologia máxima a cabeça
sobre sua mão.
Suas eleitas, suas
filhas, geralmente tem preferência por mulheres, raramente pega cabeça de
homens, mas pode vir sim a ter filhos homens. Contudo, seus filhos são pessoas
alegres, festivos, aguerridos, entretanto são mais limitados e reservados do
que outros caminhos de Oyá e possuem muita coragem para coisas que outros
teriam medo, assim como não recuam em seus objetivos.
Nesta fase, Oyá já se
encontra no culto Lésse Egún e, por eles é adorada, portanto ela faz o papel de
juíza no mundo dos mortos. Ela carrega, contudo, uma máscara, a qual ela usa
para liderar o exercito de Egúns durante uma batalha, e pune os espíritos com
seu èròèsìm (chicote), isso em caso de rebeldia e imprudência.
É um caminho que deve
ser muito bem avaliado, muito bem apurado e muito bem estudado antes, durante e
após a iniciação, pois qualquer ato equivocado trará serias consequências para
o sacerdote que está efetivando a iniciação, como para o iniciado, assim como
para a casa de Asé, uma vez que Bàgãn é detalhista e ciumenta em seus atos e
fundamentos.
Bàgãn tem como
propriedade a labareda, governa o discernimento humano, é a senhora dos abanos
e dos potes, tem forte ligação com Esú, Odé Dana Dana e Ode Akueran, Bàrú,
Omolú, Òsún e, principalmente, Ògún.
Entendam o por que
neste Itàn:
Bàgãn e Ògún
Bàgãn chegou até Ògún
e pediu a ele que para aprender a forjar, então o Orìsá olhou a moça e deu
risada, porém ela não desistiu e todos os dias ficava o observando enquanto ele
trabalhava. Ògún demorava um pouco para forjar, pois ele tinha que esquentar e
resfriar o metal várias vezes, para que suas espadas e ferramentas ficassem
fortes, foi então que Bàgãn vendo a dificuldade de Ògún sopra sobre seus
materiais um vento gelado e, com isso, Ògún consegue mais rapidez no processo.
Agradecido ele decide, então, ensinar tudo sobre o ferro a ela, tornando a sua
companheira.
Certo dia, enquanto
eles trabalhavam na forja, ouviram um barulho estranho e uma correria na cidade,
todos se esconderam, pois era Bàbá Egún que vinha dançado e ostentando o seu
poder, pois ele carregava Ikú, todos o temiam, não havia um só homem que
desafiava Bàbá Egún.
Oyá Bàgãn vendo
aquilo perguntou a Ògún: “Porque todos correm quando ele passa?”
“Todos tem medo dele,
pois ele é filho da morte e sua voz assusta até o mais corajoso dos homens. Eu
não temo Bàbá Egún, porém tenho um enorme respeito por ele”, disse Ògún.
Oyá Bàgãn, então, sai
obstinada no meio de toda aquela correria e começa a dançar com Bàbá Egún, ele
apesar do seu poder se sentia sozinho, pois sempre visitava as pessoas nos
momentos de despedida, de morte, viu-se encantado com aquela mulher, que
dançava belamente e de forma contagiante e sem medo algum dele.
Foi assim Bàgãn conseguiu
a confiança de Bàbá Egún e de todos na tribo, foi assim que ela passou a ser
venerada pelos Egúns e se tornou a líder do exercito deles, foi assim que ela
entrou no Culto Lésse Egún e venceu diversas batalhas.
Axé.kolofé.
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