quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ebó e Candomblé









Sem èbó não há Candomblé, pois o èbó é fundamental para quem quer manter o equilíbrio vital na convivência religiosa!
Para quem estuda é importante ter esse entendimento, assim como para quem prática essa bela religião e vive para o Orìsá, para o sagrado. Sendo assim, o intuito do èbó é reequilibrar e restabelecer uma sintonia com o Àsé, com o próprio Orí, com o destino, ou seja, com a vida física-espiritual. Por isso, insistimos que toda à dinâmica do Candomblé, desde seu sistema a sua hierarquia, seja Ketú, Nagô, Jèjé, Ifá, etc. está centrada em torno do ebó, da oferenda.
Ademais, o èbó é a devolução que permite a multiplicação e o crescimento, logo, tudo aquilo que existe de forma individualizada deverá restituir tudo que o Esú Kàrìjèbó devorou. Portanto, cada indivíduo é acompanhado por um Esú individual, seu Esú... O mesmo que permite o nosso nascimento, desenvolvimento uterino e multiplicação, para que possamos cumprir nosso ciclo de existência. Ou seja, quando algo não vai bem, deveremos restituir nossas energias através de oferendas, os “alimentos sagrados do Àsé”, que é um processo de reequilíbrio vital.
Os iniciados no Orìsá tomam èbó sempre e para sempre, pois, manter-se limpo, é o mesmo que estar em sintonia com seu Orìsá, para concebê-los, para darmos ao nosso Orìsá um corpo limpo pra uma manifestação pura e enérgica.
Òrúnmìlá Òjó Ìkú dá, somente Òrúnmìlá muda o dia de nossa morte, com o èbó Ìkú.

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